O número de distribuições Linux destinadas a usuários-finais vem crescendo bastante, e as facilidades também, o que é muito bom, alguns dias após o lançamento da versão beta do Ubuntu 7, já tinha gente falando que estragaram o Linux. (no bom sentido é claro, visite o link e você vai entender).
O artigo do Bruno Alves, que acabei de citar, é um típico artigo de um usuário Linux romântico (não sei se ele se considera assim). Para que você entenda o que é um usuário romântico, vou usar minha história com o Linux como exemplo:
Comecei a usar Linux quando ainda estava no curso técnico de informática, fiquei um tempo no Kurumin e pulei logo para o Slackware.
Tinha que fazer tudo manualmente, fazer o Slack reconhecer as partições do Windows, Meu Drive de CD-RW, Rodinha do Mouse, acreditem, até para o PC desligar automaticamente eu tive que editar arquivos de configuração, no Kurumin a facilidade era maior (lógico), mas a versão que eu usei (4.0) ainda exigia algum esforço a mais, dependendo da necessidade. Mas por incrível que pareça, aquilo me dava muito prazer (eu sei, coisa de nerd, mas dava), eu tinha uma certa sensação de poder, a possibilidade de alterar as "entranhas" do sistema me encantava.
Na classe do curso técnico, eu chegava e contava pros meus amigos "Caramba! Consegui configurar o USB no meu slack!", e como resposta: "Deixa de nerdice". Os próprios nerds me acusavam de nerdice hehe, também, era o único que usava Linux (além do professor, outro fanático). Enfim, gostava de "sofrer", era (sou) um romântico.
Se você um dia tiver a oportunidade de encontrar duas ou mais pessoas contando sobre seus feitos no Linux com empolgação e sorrisos na face, isso é bem comum nos congressos sobre Linux, você vai saber do que eu estou falando.
Com a chegada do Ubuntu e dos seus amigos, tudo ficou fácil, os amigos chegam para mim e falam que foi tudo fácil, tudo já estava funcionando, o pendrive montou sozinho.. etc.
Isso é ótimo, é claro, não acho que o Linux ainda tenha perdido a graça, talvez nunca perca, afinal estas distribuições ditas "hardcore" ainda estão aí, fazendo escola e mantendo tradições, e as mais amigáveis, para os não-nerds são muito empolgantes também, quem é que não se impressiona com um Beryl funcionando numa distro, por exemplo.
Na verdade, multiplicaram-se os modos de se amar o Linux, o modo romântico, o objetivo ou seja lá qual for, escolha o seu e viva a Liberdade!
Fiquem com Deus e até a próxima.
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Um comentário:
Passei anos usando o bom e velho Slack. Tudo isso o que você relatou, eu cheguei a fazer, e também me diverti (e aprendi) muito.
Só que um dia eu parei para avaliar a situação. Como sou desenvolvedor de sistemas de informação, chegou uma hora que concluí que não fazia mais sentido para mim, ficar baixando os códigos fonte do Apache, PHP, MySQL, etc. e compilando/configurando tudo no braço, se o que eu mais queria era isso tudo funcionando para, depois, realmente começar o meu trabalho.
Então, assim como muitos amantes do Linux, descobri o Ubuntu. Achei jóia. Com meia dúzia de cliques (e uma pausa para o café enquanto o computador baixava alguns arquivos e configurava a instalação), tudo estava funcionando direitinho. Tudo instalado e configurado. Perfeito. Para as tarefas de instalação, o Ubuntu dá uma surra até no Windows (que tanto se orgulha das facilidades de instalação de seus aplicativos).
Até hoje eu brinco: me separei do Slack, mas, foi amigavelmente.
[]'s
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